segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

caderno novo, duas horas da manhã

Se eu te falasse
tudo o que se passa aqui dentro,
você ouviria?

Se eu te mostrasse
tudo o que eu posso ser,
você enxergaria?

Se eu te tocasse
do jeito que eu gostaria de tocar,
você sentiria?

Se eu derramasse lágrimas
na sua frente
toda vez que você fosse de outra,
você secaria?

Se eu me arriscasse
só para estar ao seu lado,
você ma faria sorrir?

E se eu nunca mais aparecesse,
talvez por medo das feridas
você sentiria falta dos vestidos,
das idéias infantis,
dos textos baratos de blog,
da gaita desafinada,
e de mim?

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