sábado, 27 de dezembro de 2008

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Nós somos o erro. Juntos, destruímos tudo ao nosso redor. Eu sou a sua doença, e vou deixar-te porque te amo. Seus berros loucos precisam calar, seus olhos amarelos e arregalados precisam fechar, para que você possa compreender.
As noites em seus braços, os lábios e os lábios, você entre as minhas pernas, seu cheiro e sua essência... ficarão para sempre atrás dos meus olhos, na escuridão do meu sono e no torpor do meu corpo. Não chore, meu amor, pois sabe muito bem que estarei sempre no último gole de café, no último cigarro da carteira, no último disco da prateleira.
Vejo o dia nascendo, o sol entrando pelas frestas da janela, invadindo nossa cama, despertando-nos do sono. Vamos, pegue minha camisa que está em cima da cadeira e minha calcinha que está embaixo das suas calças, preciso ir embora. É certo que não voltarei, nem mesmo para assistir um filme ou terminar de pintar a parede. Apague o número do meu telefone, pois eu já apaguei o seu. Esqueça onde eu moro, queime minhas fotos, jogue fora as laranjas, tire o meu cheiro dos lençóis. Mas, por favor, não esqueça que eu te amei, e ainda amo, com toda a sede e a loucura que meus poros exalam.

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